"As piras de Angel..."

Dedico este blog ao Amor e às incógnitas da vida, responsáveis pelos mais belos insights. Caminhando rumo à evolução do corpo, da mente e da alma, eternamente...

"Espíritos fortalecidos de paz deixavam de chorar, neste tempo, grandes energias passeavam aos corações. Fomos lançados ao infinito..."

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O doce toque cor-de-rosa...


A necessidade de sabedoria é o sentimento que mais tem me perseguido nos últimos meses.

Sabedoria em todos os sentidos, principalmente no sentido espiritual.
E percebo que essa sabedoria vem do mais íntimo cantinho do coração, que nos é mostrada quando estamos em sintonia com ela, com algo maior que não enxergamos, mas que sentimos. (falei disso no último post aqui no blog).

Nossa... vontade de ingerir sabedoria assim como tomo água!
A sabedoria nos traz sentimentos extraordinários, e ao mesmo tempo simples.

Nos faz perceber que independente da situação, há a necessidade de enxergar o melhor, possuindo otimismo, sentindo esperança, dando mais brilho, colorindo seja lá o que for, dando sabor e aromas.

Eu sempre soube dessa necessidade de colorir a vida, afinal sempre pensei dessa forma, mas nunca havia experimentado um momento de desespero, medo e desesperança tão forte. E nesses momentos o preto e branco predomina e nos escurece a alma, mas aprendi que são justamente nesses momentos desfavoráveis que devemos pensar em colorir. 

Essa força que nos dá o ânimo necessário pra colorir vem de algo que desconheço. Mas sinto que ela veio de uma conexão com algo desconhecido.

A sabedoria não é algo que se conquista por completo, mas que sempre estamos conquistando a cada dia, aprendendo, evoluindo, colorindo.

É, a vida tem a cor que a gente pinta.
Tem o som das notas tocadas pelo coração.
Tem o sabor dos nossos doces temperos.
Tem o cheiro dos nossos sublimes perfumes.
Tem o toque daquilo que com o coração acariciamos.
Tem o belo encontro que com o olhar tocamos.

E hoje tenho a certeza de que uma imagem preto e branca, por mais desesperadora que seja, pode ser inicialmente colorida por um pequeno pontinho de cor, vindo da fé na luz, da fé nas mais puras energias, nos mais nobres sentimentos.
Vivenciar isso é a prova de que podemos alterar o curso de um caminho simplesmente pela fé e com o coração entregue.

Entrega.
Jamais entregar-se na desesperança, mas sim entregar-se profundamente nos bons sentimentos, nos bons aromas, nos bons sabores, nas cores e nos inexplicáveis amores.
O resto vem depois...

A vida é impermanente, é mudança o tempo todo, precisamos ter a sabedoria para adaptar-se na nossa melhor forma, na nossa melhor versão.
É preciso força. Resiliência.
Não há tempo para não amar.
Devemos amar sem medidas, é hora de pegarmos nossa caixinha de cores de dentro do coração, lapidarmos todos os lápis coloridos que lá se encontram, e sermos os artistas da nossa própria vida.
E se for pra deixar alguém pintar a sua vida, que seja juntamente com você pra colorir, pra somar, pra compartilhar!

A alegria e luz do amarelo... de um sorriso.
A tranquilidade do azul... de um abraço.
A pureza do verde... de um sentimento nobre.
A energia do laranja... da saúde do corpo e da mente.
A paixão do vermelho... daquilo que nos motiva a dar o primeiro passo.
O mais sublime amor do lilás ou do cor-de-rosa... da transcendência.
O doce de um beijo... de uma palavra... de um gesto.
O salgado das lágrimas de emoção... da água do mar.
O macio dos pés na grama... da areia da praia... daquele abraço.
O molhado de um mergulho no mar... no interior da alma na meditação.
O cheiro da chuva... de uma rosa... de alguém especial.
O alto som dos trovões...daquilo que grita dentro da mente.
Do silêncio dos lábios... dos corações.

Pintar, dar brilho, dar o foco, tornar mais leve e dar a cor que a vida merece.

E como diz um trecho da letra da música Drive do Incubus...
"O que quer que o amanhã traga, estarei lá, de braços e olhos abertos".


sábado, 2 de dezembro de 2017

Sabedoria...

Já faz algumas semanas que sinto algo curioso...

Certos sons têm me chamado muito a atenção.
O som dos pássaros é o maior deles pra mim. 

É como se eu tivesse que parar de fazer o que quer que eu esteja fazendo apenas para ouví-los cantar. Quando estou dirigindo ouvindo música, coisa que sempre faço, sinto que preciso pausar o som do carro por diversas vezes para prestar a atenção naquele canto que parece ter algo a mais por trás daquilo tudo, algo desconhecido, como uma presença.
Os pássaros estão lá o tempo todo...comunicando-se entre si com uma sinfonia magnífica que poucos de nós damos a devida atenção.
É curioso, pois não fui eu quem quis conscientemente ouvir os pássaros várias vezes ao dia, mas foi simplesmente um impulso, como se tivesse uma voz no ouvido dizendo "pare e escute", mas antes que me achem maluca, não escutei voz alguma.

Outros sons que também têm me chamado a atenção são os sons dos grilos e dos sapos a noite.




Todos animais.

É como se eu estivesse em sintonia com eles, pois além de ouvir seus sons, é como se eu também pudesse sentí-los. Sentir o que estão pensando naquele exato momento, o que estão experimentando fazer, sua comunicação com o outro companheiro naquele voo rápido, sua agitação em buscar alimento em mais um dia que está começando, ou aquietando o ninho no fim da tarde para a noite que em breve virá.

É muito curioso, pois nunca senti isso. 
É bom, é sublime, é singelo. Mas ao mesmo tempo intenso.

É, a conexão com animais nos torna seres mais humildes e empáticos.
Os animais não humanos são nossos irmãos aqui, respeitá-los é uma grandeza da alma, assim como devemos respeitar um homem.

Animais são seres que podem nos trazer um incondicional sentimento de amor e carinho, podem também nos trazer sabedoria, se os observarmos com mais atenção e cuidado.

Esses dias vi um bombo morto na garagem do meu prédio, outro bombo ficava parado ao lado fazendo barulhos, eu então fiquei observando...de repente este sobe em cima do morto e começa a pular em cima dele várias vezes, como se estivesse fazendo uma massagem cardíaca, mas sem sucesso. Tirando o fato de eu não gostar muito de pombos, aquela cena me surpreendeu e me comoveu pois foi como se eu pudesse sentir a aflição daquele pombo que tinha perdido seu companheiro. 
Há coisas no mundo animal que não são simplesmente um impulso do instinto.

Essa foto do post é minha com uma alpaca que encontrei em Machu Picchu, adoraria que ela não tivesse aquela etiqueta em uma das orelhas, como possuem todos os animais usados para consumo humano, mas poder dar instantes de atenção pra ela me fez bem, embora eu tenha sentido uma tristeza no seu olhar e também por eu saber seu fim, mas tive que respirar fundo e seguir em frente, tentando fazer a minha parte.

E assim como Machu Picchu era uma cidade de pedra em cima das montanhas onde os mais sábios do povoado Inca lá viviam, eu espero ter sempre muita sabedoria, cada vez mais.
Sabedoria em todos os sentidos, mas que a principal delas seja a sabedoria espiritual, pois ela nos leva até forças e boas energias desconhecidas, que assim como o canto dos pássaros, nos mostram aquilo que realmente deveríamos enxergar.